Tokenização imobiliária: o que é e como funciona

O mercado imobiliário está on e a tokenização imobiliária já é uma realidade.

A pandemia mudou radicalmente a forma de pensar projetos, construir e fazer negócios, acelerando a transformação digital no setor. De um dia para o outro, a tela virou o nosso refúgio, a única forma possível de nos conectar com o mundo exterior, seja pelo smartphone, tablet ou computador.

Logo, a visita ao apartamento decorado foi substituída pelo tour virtual e pela realidade aumentada. O call ou videochamada ocuparam o lugar do atendimento pessoal. Além disso, a busca no Google e nas mídias sociais tomaram o lugar da placa e do outdoor. Até mesmo a assinatura do contrato virou virtual.

Dessa forma, nunca estivemos tão conectados. Para se ter uma ideia, em 2020, chegamos a 81% da população brasileira com 10 anos ou mais plugadas na Internet, ou seja, 152 milhões de brasileiros!

Além disso, é fato que, nunca na história, usamos tanto os aplicativos de delivery (que o digam os porteiros, que perderam espaço na entrada dos edifícios).

Consequentemente, isso impactou profundamente a forma de conceber e vender os empreendimentos imobiliários. Agora, estamos dando um upgrade na forma de comprar e vender os imóveis, que também se torna mais tecnológica: usando a tokenização imobiliária.

Embora esteja na pauta do dia, o assunto é novo e ainda desperta muitas dúvidas entre empreendedores e profissionais do mercado imobiliário.

Por isso, a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e o escritório Brotto Campelo Advogados prepararam um guia completo para que construtoras, incorporadoras e imobiliárias possam entender e operar nesse novo mercado.

O que é tokenização?

Um token nada mais é do que a representação digital de parte de um ativo. Ou seja: um token representa digitalmente seu correspondente no “mundo físico”, de forma que possa ser gerenciado a partir de códigos de programação.

Vamos ilustrar melhor a partir de um exemplo concreto:

Imagine-se um empreendimento avaliado em R$ 500.000,00, o qual foi fragmentado em cinco mil tokens. Nesse quadro, cada token vale R$ 100,00. Ao adquirir um deles, passa-se a possuir uma fração deste empreendimento.

Futuramente, caso esse mesmo empreendimento seja vendido por R$ 1.500.000,00 (triplo do valor inicial), cada token valerá R$ 300,00 e seu dono terá, como retorno, R$ 200,00 por token que tenha adquirido.

Baixe grátis o guia completo sobre tokenização imobiliária.

Como funciona a tokenização imobiliária

A blockchain e a tokenização de ativos imobiliários, com seus contratos inteligentes, têm o potencial de facilitar a gestão de direitos no mercado imobiliário, incluindo todo o processo. Ou seja: desde a formatação de empreendimentos imobiliários, sua liquidação, bem como a gestão dos direitos inerentes a esses imóveis.

Embora a venda de partes de uma propriedade não seja um conceito inédito, a tokenização de imóveis dá um passo além no processo de automatização, tornando mais eficiente e menos dispendiosa a emissão e venda destes bens.

As pessoas que eram excluídas de tais investimentos por questões financeiras podem, agora, investir apenas numa fração de uma unidade inteira, aumentando a acessibilidade do mercado e, portanto, sua liquidez.

Além disso, a cobrança e distribuições de eventuais rendas advindas do imóvel é regida pelo próprio smart contract e a propriedade (que não se confunde com propriedade real) pode ser transferida de maneira mais simples.

Dessa forma, a tokenização pode ser usada das seguintes formas no mercado imobiliário:

• Tokenização para funding
• Operações de compra e venda diretas fracionadas
• Clube de descontos ou de privilégios
• Antecipação de recebíveis

Confira os benefícios de investir na tokenização imobiliária.