Smart money e construtech: inovação na construção civil
Smart money e construtech: inovação na construção civil
Smart money e construtech são dois dos conceitos que retratam o processo de inovação por que passam a construção civil e o mercado imobiliário.
O que são e suas especificidades foram tema da mais recente edição do Ademi Talks.
Assim a conversa, que tem condução de Ricardo Reis, CEO da Reis Real Estate e diretor da Academia Ademi-PR, contou com a participação de Renan Lecheta, fundador e CEO da Spotlar, e Leonardo Jianoti, sócio da Honey Island Capital.
O que é smart money?
O smart money, ou “dinheiro inteligente”, consiste nos recursos que investidores empregam em startups.
No entanto, os dois debatedores ressaltaram que o conceito não envolve apenas o aspecto monetário.
Nesse sentido, “smart money é um conjunto de experiências que alguém ou algum grupo transmitem para alavancar um empreendimento tecnológico”, nas palavras de Leonardo Jianoti.
Assim, mais do que aplicar dinheiro, a prática inclui “mentoria e direcionamento”, ainda segundo o sócio da Honey Island Capital, investidora em startups.
O que faz uma construtech?
Por sua vez, uma construtech é uma startup cujas soluções tecnológicas se voltam para a construção civil e mercado imobiliário.
Desse conceito derivam alguns outros, conforme explica Lecheta. Por exemplo, o de proptech, quando a starturp oferece soluções ao cliente para o pós-compra, caso da Spotlar, plataforma virtual, em 3D, pela qual o futuro morador concebe decoração e mobília de seu imóvel.
Ainda, as fintechs, especializadas em soluções financeiras, incluindo aquelas voltadas ao financiamento e compra de bens imobiliários.
3 fases das construtechs
No Ademi Talks, o sócio da Honey Island Capital explicou as três grandes fases de investimentos a contemplar uma startup como uma construtech.
Fase 1 – Tirar a ideia do papel
“A primeira fase”, enumera Jianoti, “é a do investimento para tirar a ideia do papel”. Geralmente, da ordem de R$ 100 mil a R$ 200 mil. Além disso, costuma vir de investidor de uma rede mais próxima de relações do empreendedor.
Fase 2 – Ter um investidor-anjo para garantir seu smart money
Em seguida, vem a fase de aporte costuma vir de um investidor anjo. “Nesta fase, ainda não se tem a empresa consolidada; é um investimento para escalar.” Em regra, são recursos em torno dos R$ 500 mil, mas há casos beirando o R$ 1 milhão.
Fase 3 – Escalar as vendas da construtech
Por fim, uma terceira fase é a de investimentos para a empresa dar saltos ainda maiores. “É para tirar a cabeça da toca”, metaforiza Jianoti. Nesse caso, há investimentos chegando a até R$ 5 milhões.
Lecheta faz questão de desmistificar certo senso comum de que a condução de uma startup, ao contrário de uma empresa convencional, se faz só com intuição, despojamento, sem apego a regras e protocolos. “É preciso ter governança”, enfatiza.
Confira à conversa na íntegra: