Por um Brasil economicamente sustentável
Por um Brasil economicamente sustentável
Diante de uma platéia de mais de mil empresários de toda a cadeia do segmento, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Rio de Janeiro, Roberto Kauffmann, participou do painel “A construção de um país sustentável: uma visão econômica”, com o presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, o diretor da Tishman Speyer, Luiz Henrique Ceotto, e o economista e professor da PUC-Rio, Sérgio Besserman. O debate foi moderado pela jornalista Flávia Oliveira, de O Globo.
Estatísticas mostram que mais de 70% da água tratada e 50% da energia do mundo são consumidos dentro dos edifícios.”Além de construir prédios sustentáveis, é essencial educar os usuários dessas edificações para que a economia seja alcançada”, enfatizou o economista Besserman. O diretor da Tishman trouxe dados alarmantes. “Mais de 80% do custo ambiental de um edifício acontece durante sua operação, e não na obra. Temos que ter em mente que o impacto do uso do edifício é enorme. Não adianta o prédio ser sustentável se o morador desperdiça”, destacou Ceotto.
Roberto Kauffmann considera que é preciso saber que a construção sustentável não é apenas uma tendência, mas uma mudança de paradigma. “Procuramos sempre orientar os empresários a usar pisos frios, construir rampas e priorizar o uso de medidores individuais de água, para evitar que um morador econômico tenha que pagar por um perdulário”, destacou.
Dignidade aos trabalhadores
O Presidente da CUT, Artur Henrique, destacou que, além do uso de materiais sustentáveis, é preciso também dar dignidade ao trabalhador. “Emprego verde não é apenas trabalhar em edifícios sustentáveis, mas também oferecer um emprego digno, respeitando as leis trabalhistas e as regras de segurança do trabalho”, defendeu.