Pesquisa detalha a jornada de compra do imóvel

Pesquisa detalha a jornada de compra do imóvel

2 de agosto de 2022

O que faz um consumidor se decidir por adquirir bem imobiliário? Onde ele busca opções? Quanto tempo de procura? O que mais pesa para a escolha? Conhecer a jornada de compra do imóvel por parte do consumidor é fundamental para os empreendedores do mercado imobiliário captarem leads qualificados.

Nesse sentido, uma pesquisa da DataZAP+ traça um panorama bastante abrangente sobre essa jornada. É a pesquisa ‘Jornada de compra do consumidor no mercado imobiliário brasileiro’. Esse levantamento em sua edição mais recente envolveu 773 consumidores das regiões metropolitanas do Brasil. De imediato, alguns resultados se destacaram.

Os destaques da pesquisa

Por exemplo, a pesquisa constatou que é a busca por moradia o principal fato que motiva um consumidor a iniciar sua jornada de compra do imóvel. Ainda, que 80% preferem procurar imóvel na cidade em que já residem.

Ademais, um imóvel com estrutura que o consumidor considere adequada e que esteja em um bairro com variedade de comércio e serviços são quesitos que pesam sobremaneira na hora de decidir. Também, o preço e o tamanho.

Em média, o consumidor leva quatro meses nessa jornada. Detalhe importante: o uso da internet para busca é recorrente. Nesse sentido, para o consumidor é indispensável que o site consultado traga descrição completa do imóvel, fotos reais e atualizadas, e o endereço preciso.

Perfil do consumidor

A pesquisa apurou que 51% dos consumidores de imóveis são homens e 47% mulheres (7% apontaram outra identificação de gênero e 1% preferiu não informar). Quanto ao estado civil, 63% dos consumidores são casados, 23% solteiros, 11% divorciados e 1% viúvo.

Além disso, a maioria (64%) tem filhos (dois, em média). Pouco mais da metade (52%) conta com animal de estimação.

A maior parte (55%) dos consumidores dispõe de renda domiciliar mensal de até dez salários mínimos. Principalmente, na faixa entre 4,5 e dez salários mínimos (38% do total). Outra faixa de renda predominante é a de dez a 20 salários mínimos, na qual estão 21% dos consumidores.

Uma curiosidade: 55% dos consumidores não são ‘marinheiros de primeira viagem’. Isto é, já participaram financeiramente de compra de imóvel em outro momento. Por sua vez, este grupo desembolsou em média R$ 501,4 mil com tal aquisição.

Objetivo da compra do imóvel

Quase nove em cada dez consumidores procuram imóvel para morar. No entanto, a pesquisa revela ainda que metade (exatos 50%) já reside em imóvel próprio. Outros 27% moram de aluguel e 21%, com a família. Uma pequenina parcela (3%) em imóvel cedido.

Diante disso, cerca de 80% preferem imóvel na cidade onde já vivem. Porém, em bairro diferente (50%). Em contrapartida, 28% indicam querer novo imóvel no mesmo bairro; 18% em outra cidade, contudo no mesmo estado. Pequena fatia (4%) está atrás de imóvel em outra unidade da federação.

Etapas da jornada de compra do imóvel

Em síntese, são cinco as etapas: a descoberta, a busca ativa, a negociação, a transação e a obtenção das chaves. Nas duas fases iniciais se concentram 73% da jornada.

Na descoberta, 25%. Ou seja, período em que o consumidor avalia possibilidades financeiras, e define se vai procurar por imóvel novo ou usado.

Na sequência, a busca ativa envolve 48% da jornada. Isto é, momento em que elenca localização de interesse, características que deseja do imóvel e começa pesquisas e contatos iniciais com corretores. É quando também faz as visitas.

Valorização da estrutura do imóvel

Nesse processo, a estrutura constitui o principal motivo para comprar determinado imóvel (54%). Apartamento se sobressai: é tipologia desejada por 49% (outros 29%, casa de rua; 11%, casa em condomínio; 12%, outros).

Se o imóvel tem de ser novo ou usado não é uma questão substancialmente decisiva: 56% dos consumidores se dizem indiferente a isso. Todavia, quando usado, o ideal é que não tenha necessidade de reformas (43%) ou, no máximo exija pequenas intervenções (44%).

Além disso, 63% se predispõem a pagar no máximo R$ 500 mil pelo imóvel. Mas, parte considerável (30%) se propõe a gastar entre R$ 300 mil e R$ 500 mil.

A importância do site na jornada de compra do imóvel

Não é a rede social ou por aplicativos de mensagem os principais canais de busca. Ao contrário, 66% dos consumidores indicam os sites das imobiliárias como o meio preferido. De perto, vêm os portais especializados em anúncios de imóveis (63%).

Nesses ambientes digitais, a quase totalidade (98%) quer encontrar descrição completa do imóvel; fotos reais e atualizadas (97%); e endereço exato (94%). Igualmente, anseia por portais com filtros de busca bem específicos (93%). Ainda, que haja informação sobre o valor do IPTU (92%).

Corretores, visitas e financiamento

Para além da internet, o consumidor lança outras estratégias de busca. Nesse sentido, chega a contatar de dois a cinco corretores durante toda a jornada de compra. Além disso, os compradores chegam a visitar, em média, seis imóveis.

Para, enfim, adquirir, o financiamento é a principal forma de pagamento para a maioria (57%). Por outro lado, 35% se dispõem a comprar à vista.

Por fim, a pesquisa DataZAP+ captou a avaliação do consumidor referente à jornada de compra em que se insere ou se inseriu. Entre os que finalizaram a compra, a avaliação é melhor: 42% dão nota 7 ou 8, e 26%, nota 9 ou 10. Por outro lado, só 6% dos compradores potenciais atribuem notas 9 ou 10, e 28%, notas 7 ou 8.

“A compreensão da jornada de compra do consumidor”, afirma o doutor em Economia Danilo Igliori, que assina a pesquisa DataZAP+, “assume um papel fundamental em um cenário em constante transformação”, sublinha.