Pesquisa da Ademi/PR mostra valorização dos imóveis novos e estoque abaixo de 30% em outubro, em Curitiba

Pesquisa da Ademi/PR mostra valorização dos imóveis novos e estoque abaixo de 30% em outubro, em Curitiba

4 de dezembro de 2013

Preços em alta e estoque em queda. Esses são os principais destaques da pesquisa sobre os imóveis residenciais novos em Curitiba, em outubro, realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) e pela BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa. De acordo com o estudo, na comparação com setembro desse ano, o preço médio do metro quadrado privativo para os apartamentos residenciais novos teve alta de 0,7%, chegando à média de R$ 5.545,00.

A maior variação entre os meses, de 1,5%, se deu para os imóveis de um dormitório, studios e lofts, chegando a R$ 5.902,71 o valor médio do metro quadrado privativo para venda. Em seguida, aparecem os apartamentos residenciais de três dormitórios, que tiveram reajuste de 1,3% no período, com preço médio do metro quadrado privativo de R$ 5.510,31.

O preço médio do metro quadrado privativo dos apartamentos de dois dormitórios teve reajuste de 0,9%, chegando a R$ 5.160,73. Já para os imóveis novos de quatro dormitórios, a correção foi de 0,3%, com valor de R$ 7.417,21. “Os dados indicam que os apartamentos de um dormitório apresentam alto índice de valorização na capital paranaense, com o lançamento de empreendimentos em regiões nobres da cidade. Além disso, mostram que a oferta de apartamentos de três dormitórios teve um incremento nos padrões mais elevados, ou seja, imóveis com preço acima de R$ 400 mil”, explica o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig.

Em 12 meses, considerando como base o mês de outubro, o preço médio do metro quadrado privativo para os apartamentos residenciais novos teve alta de 9,6% em Curitiba. No acumulado do ano, os imóveis novos na capital paranaense tiveram reajuste de quase 7%. O levantamento, considerando o período de janeiro a outubro, contou com uma amostra de 326 empreendimentos e de 10.518 apartamentos residenciais novos (na planta, em construção ou concluídos), vendidos por construtoras, incorporadoras e imobiliárias em Curitiba.

Considerando os imóveis novos disponíveis para a venda em outubro, o Batel continua sendo o bairro com o maior preço médio do metro quadrado privativo para apartamentos residenciais de um dormitório (R$ 8.286,00) e de dois dormitórios (R$ 8.287,00), registrando alta de 1,6% e de 0,9% em relação a setembro, respectivamente. O bairro também lidera o preço médio do metro quadrado privativo para os imóveis novos com três dormitórios na capital (R$ 9.408,00), com valorização de 4% em relação ao mês anterior. O Cabral permaneceu com o maior valor privativo entre os apartamentos de quatro dormitórios (R$ 9.705,00).

Estoque – O levantamento da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) e da BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa mostra ainda que, pela primeira vez no ano, a disponibilidade dos imóveis novos está abaixo de 30% na capital paranaense. Em outubro, o percentual referente à quantidade de apartamentos residenciais novos à venda, na comparação com o total de imóveis lançados nos últimos seis anos, ficou em 29,6%, ou seja, 10.518 imóveis em estoque, antes uma oferta de 35.528 unidades. Em setembro desse ano, a disponibilidade era de 30,3%, num total de 10.828 imóveis em estoque, ante uma oferta de 35.720 unidades.

A maior redução da disponibilidade de imóveis para a venda se deu para os apartamentos residenciais no padrão standard (com preço de R$ 400 mil a R$ 600.001,00), passando de 32,9% em setembro, para 30,6% em outubro. Os imóveis supereconômicos, com valor de até R$ 170 mil, também apresentaram um decréscimo significativo de unidades disponíveis, passando de uma disponibilidade de 14,8% em setembro, para 13,6% em outubro.

“Essas informações são positivas, pois, verifica-se uma queda crescente de apartamentos em estoque justamente no padrão que concentra a maior quantidade de oferta de unidades em Curitiba, que é o standard. Em relação às habitações populares, a dificuldade de viabilizar esses empreendimentos na capital, devido ao alto valor dos terrenos, indica que são raros os lançamentos nesse padrão e justifica a redução no número de apartamentos disponíveis”, analisa o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig.