Novo teto do Minha Casa, Minha Vida vai estimular a produção imobiliária na Região Sul de Curitiba
Novo teto do Minha Casa, Minha Vida vai estimular a produção imobiliária na Região Sul de Curitiba
Crescimento no lançamento de imóveis novos enquadrados no Minha Casa, Minha Vida na Região Sul de Curitiba. De acordo com o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Gustavo Selig, este deve ser o principal impacto da elevação do teto para financiamento de imóveis com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que passou de R$ 130 mil para R$ 150 mil na capital paranaense.
“Havia a necessidade de aumentar este valor, pois, com o crescimento e a valorização do mercado imobiliário, o teto anterior estava dificultando os lançamentos de produtos voltados ao segmento econômico em Curitiba”, comenta Selig. No ano passado, os imóveis tiveram uma valorização de aproximadamente 20% em doze meses.
Entretanto, o presidente da Ademi-PR não acredita em uma migração dos empreendimentos nesta nova faixa de valor para a região central da capital paranaense. “Para que isso aconteça, é necessária uma correção dos valores dos terrenos que estão muito elevados devido à especulação imobiliária”, opina.
Além disso, Selig sugere o aumento da fatia de renda atendida pelo Minha Casa, Minha Vida para alavancar o programa no Estado. Atualmente, a renda familiar máxima para a liberação de financiamentos com recursos do FGTS é de R$ 4,9 mil em regiões metropolitanas e municípios com mais de 250 mil habitantes. Para as demais regiões, a renda familiar máxima é de R$ 3,9 mil.
A medida anunciada pelo Conselho Curador do FGTS também elevou o teto para financiamento dos imóveis inseridos no Minha Casa, Minha Vida em outras cidades do país. Nos municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes e regiões metropolitanas, o valor subiu de R$ 100 mil para R$ 130 mil. Para os que têm população igual ou superior a 50 mil habitantes, o teto foi de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Não houve reajuste para os municípios com população inferior a 50 mil habitantes.
Oferta em Curitiba – Segundo levantamento realizado pela Ademi-PR, em 2010, os imóveis verticais com valor até R$ 150 mil representaram 11,2% da produção imobiliária de Curitiba, totalizando 2.816 unidades novas. Os bairros que concentram a maior oferta de imóveis no segmento são Pinheirinho (656 unidades), Santa Cândida (440 unidades), Santa Quitéria (400 unidades), Novo Mundo (384 unidades) e Campo Comprido (360 unidades).
Nesta faixa de preço, os apartamentos com dois dormitórios lideram a oferta com 1.809 unidades (28,1% do total), seguidos dos de três dormitórios com 980 unidades (11,7% do total). Não houve oferta de apartamentos com quatro dormitórios e estão disponíveis apenas 27 unidades com um dormitório.
Em relação ao tamanho, os imóveis com preço até R$ 150 mil e dois dormitórios, ofertados na capital paranaense, têm 51,29 metros quadrados de área privativa e 71,48 metros quadrados de área total, em média. Os apartamentos de três dormitórios, na mesma faixa de valor, têm 58,76 metros quadrados de área privativa e 80,84 metros quadrados de área total, em média.