Mercado imobiliário: tendências para o futuro da moradia

Mercado imobiliário: tendências para o futuro da moradia

12 de novembro de 2021

Uma transformação em curso, disruptiva, deve revolucionar o mercado imobiliário ainda nesta década. Sendo assim, em até cinco anos, ocorrerão mudanças equivalentes ao acúmulo de séculos. A análise é do empresário Alexandre Lafer Frankel, fundador, há 12 anos, da Vitacon, e há dois da startup Housi, plataforma de aluguel de imóveis por assinatura.

Frankel participou da mais recente edição do Ademi Talks, abordando o tema “O futuro da moradia”. O empreendedor enumerou o que ele chamou de “seis macro tendências” do mercado imobiliário.

De acordo com ele, todas estão relacionadas a novos comportamentos do consumidor e à evolução das tecnologias da informação.

Moradia flexível

Assim, a primeira tendência diz respeito a como os consumidores passam a considerar o que é casa própria. Para esse público, ter acesso a um imóvel para morar não significa necessariamente ter de comprar uma unidade residencial.

De acordo com o empresário, é um movimento semelhante ao que vem ocorrendo com o setor automobilístico, em que as pessoas preferem aluguel por assinatura ou transporte por aplicativos a adquirir um veículo. “É assim que funciona a cabeça de uma nova geração consumidora”, sublinha.

Por sua vez, a segunda tendência é imediatamente derivada da primeira: a da moradia flexível. “As pessoas não querem ficar estagnadas, em um único local”, afirma Frankel. Portanto, a preferência se torna por opções de imóveis e contratos que viabilizem mudar de lugar, a qualquer tempo.

Dessa forma, tem-se a terceira tendência: um êxodo das grandes cidades. Conforme explica o empresário, não se trata de saída definitiva das metrópoles. Com home office ou trabalho híbrido se consolidando, a tendência é a de procura por moradia, na maior parte da semana, em cidades mais afastadas, menores, de custo de vida mais baixo. Ao mesmo tempo, sem abrir mão de uma opção para passar dois a três dias nas cidades polos, mais perto de seus locais de trabalho.

Mais tempo em casa

A quarta tendência é a de as pessoas passarem mais tempo em casa. Dessa forma, isso demanda imóveis mais estruturados, afirma Frankel. “Antes da pandemia, as pessoas ficavam em média 12 horas em casa. Saíam para trabalhar e faziam outras atividades fora. Com a pandemia, a média subiu para 19 horas. A casa se tornou o centro da vida moderna. Ou seja, as pessoas trabalham, estudam, fazem academia em casa.”

Permanecendo mais tempo em casa, o consumo no lar cresce, e essa é a quinta tendência apontada pelo fundador da Housi. “Houve um aumento de 500% no consumo de produtos e serviços em casa: de refeições, de ginástica, compras online de mercadorias, e até de consultas médicas, com a telemedicina”, assinala. “Desse modo, os prédios começam a ter lavanderia, minimercados. Precisamos pensar a moradia como centro de compras também, onde pessoas resolvem parte de sua vida”.

Imóveis inteligentes

A sexta e última tendência listada por Frankel diz respeito à inteligência e à tecnologia das quais os imóveis deverão ser dotados. O especialista faz uma analogia com a evolução dos aparelhos de telefone. “Antes, eles existiam para fazer ligação, hoje são dispositivos de inteligência. O imóvel passa por uma revolução parecida: do imóvel analógico para a era digital”, observa.

Acompanhando a concretização dessas tendências é que a Housi, em dois anos de vida, estabeleceu-se como ícone desse processo disruptivo. A startup já está associada a 100 grandes incorporadores imobiliários do Brasil, com oferta de assinatura de imóveis em 50 cidades do país – incluindo as 27 capitais das unidades da federação.

“A Housi transforma o imóvel em algo diferente, com tecnologia, com serviços acoplados. O mercado imobiliário vai sofrer grande transformação; veremos em três a cinco anos o que vivemos em 300. A revolução virá com a forma com que a gente usa o imóvel, e não se ele será maior ou menor. Empresários [do setor] mais atentos, propensos a mudanças, vão prosperar”, vislumbra.

A startup conta com investimentos do mesmo grupo da Netflix. Para saber mais sobre a Housi, acesse aqui.

Sobre outros temas abordados no Ademi Talks, você pode ler aqui.