Mercado imobiliário de Curitiba é destaque na Região Sul

O mercado imobiliário de Curitiba é destaque. De cada dez unidades residenciais lançadas nas capitais da Região Sul do Brasil no primeiro trimestre de 2022, praticamente seis foram na capital parananense. Além disso, a cidade respondeu por 45% das unidades vendidas entre as capitais sulistas, no mesmo período.

Esses são alguns dos dados da mais recente pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR) realizada em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.

Ademais, o levantamento (que traz o acumulado nos primeiros três meses deste ano) mostra que o mercado imobiliário de Curitiba se destaca comparativamente a outras regiões do país.

Por exemplo, a capital paranaense foi a quarta em unidades residenciais vendidas, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Aliás, essa foi a mesma posição ainda no quesito unidades residenciais lançadas no período, antecedida pelas mesmas cidades (ver dados ao final deste texto).

Quanto ao Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos, Curitiba também fica na quarta posição nacional, e em primeiro entre as capitais do Sul do país, com R$ 1,3 bilhão. Assim, 49% do VGV de lançamentos entre as três capitais sulinas se deu na capital do Paraná

Macroeconomia e mercado imobiliário

Em indicadores macroeconômicos que impactam nas atividades do mercado imobiliário, o desempenho de Curitiba também se mostra favorável, quando comparado aos de Porto Alegre e Florianópolis.

Por exemplo, a pesquisa Ademi-PR/Brain constata que 53% dos empregos com carteira assinada gerados nas três capitais sulinas estão no município paranaense (dados encerrados em 2021).

Em uma série histórica dos últimos quatro anos (2017 a 2021), enquanto Porto Alegre e Florianópolis apresentam saldo negativo nos empregos formais, Curitiba acumula superávit de 77,3 mil postos de trabalho com carteira assinada.

Por outro lado, a taxa de desocupação na capital paranaense é a segunda mais alta, de 7,2% – acima dos 6,9% da capital catarinense, e abaixo dos 8% de Porto Alegre. Os índices se referem ao consolidado em 2021.

Crédito imobiliário em queda

Além disso, a pesquisa Ademi-PR/Brain confirma preocupação projetada ano passado, quando o Banco Central intensificou movimento da alta na taxa básica de juros da economia (Selic) como instrumento para conter a inflação.

Ou seja, a de que a medida afetaria o crédito imobiliário. Isto é, o levantamento mostra diminuição de 6,6% no total de unidades residenciais financiadas no primeiro trimestre de 2022, em comparação com igual período de 2021: 176,1 mil, ante 188,5 mil.

Em valores financiados, também a tendência é de queda: foram R$ 41,2 bilhões financiados no primeiro trimestre de 2022, redução de 4,7% em relação aos R$ 43,2 bilhões registrados nos três primeiros meses de 2021.

Importante destacar que os períodos anteriores acumulavam altas: de 39,6% em 2019 sobre 2018; índice semelhante (39,7%) em 2020 sobre 2019; e salto de 113% de 2020 para 2021.

Confira um resumo dos dados da pesquisa Ademi-PR/Brain:

UNIDADES RESIDENCIAIS LANÇADAS – CAPITAIS
1º trimestre 2022

1º São Paulo 11.191
2º Rio de Janeiro 3.453
3º Goiânia 3.067
4º Curitiba 2.124

UNIDADES RESIDENCIAIS VENDIDAS – CAPITAIS
1º trimestre 2022

1º São Paulo 14.288
2º Rio de Janeiro 6.153
3º Goiânia 2.698
4º Curitiba 1.895