Maioria das vendas de imóveis novos na Grande Curitiba é concluída em até 30 dias

Maioria das vendas de imóveis novos na Grande Curitiba é concluída em até 30 dias

4 de dezembro de 2013

A Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, realizou pesquisa inédita ao Perfil Imobiliário 2013 com corretores de imóveis e incorporadores para identificar a percepção dos profissionais sobre o mercado de imóveis novos em Curitiba e região. O estudo foi realizado na 22ª edição da Feira de Imóveis do Paraná, que aconteceu de 28 de agosto a 1º de setembro, na capital.

Foram entrevistados 200 corretores de imóveis e 100 incorporadores, em amostra representativa, com 95% de confiança e margem de erro de 5% para mais ou para menos. “Compreender as motivações e as expectativas desses profissionais é fundamental para avaliar os rumos do mercado imobiliário na Grande Curitiba, bem como para desenvolver estratégias cada vez mais efetivas para o setor”, destaca o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig.

O levantamento mostrou que 64% dos corretores declararam que fecham as suas negociações em até 30 dias, outros 20% em até 60 dias e somente 4% afirmaram levar mais de quatro meses para concretizar o negócio. Também os incorporadores disseram que as vendas são realizadas no período de um mês, com 60% das respostas. Outros 22% dizem que o negócio é concluído em até 60 dias e apenas 4% em mais de quatro meses.

“Esses dados supõem círculos bastante curtos de negociação e vendas e, portanto, um menor trabalho com o cadastro de longo prazo dos clientes. Além disso, podem representar uma oportunidade, pois, acredita-se que, sobretudo em imóveis de maior valor, o tempo de negociação costuma ser mais lento”, observa o diretor de Pesquisa de Mercado da Ademi/PR e sócio da BRAIN, Fábio Tadeu Araújo.

Mercado – A pesquisa mostrou que é consenso entre a maior parte das duas categorias profissionais de que o preço do imóvel é alto em Curitiba e região, com a concordância de mais de 50% dos entrevistados. “O aumento dos preços se deve ao alto valor de venda dos terrenos, que chegou a dobrar de preço nos últimos anos, aliado ao aumento dos custos de materiais e da mão de obra”, explica Selig.

A oferta de imóveis novos usados é considerada igualmente elevada entre os grupos e muito próxima nas respostas, com menções acima de 55% para cada item. Ainda assim, corretores e incorporadores concordam que a demanda por imóveis residenciais e comerciais é alta ou muito alta, com resposta afirmativa por aproximadamente 64% dos profissionais de cada categoria. Quando se questiona a qualidade dos imóveis em geral, para metade dos corretores ela é boa ou muito boa, mesma avaliação feita por 46% dos incorporadores.

Dificuldades – Ao serem indagados sobre as principais dificuldades para comercialização de imóveis novos, 54% dos corretores apontaram a renda do comprador, 53% a relação entre oferta e concorrência e 48% a indecisão do cliente. A avaliação é similar a dos incorporadores: a renda do comprador e a grande oferta e concorrência (com 61% e 51% das citações, respectivamente) são citados como principais entraves para o fechamento dos negócios.

Demanda menor e dificuldade de diferenciação do produto não parecem exercer papel crítico da decisão de compra pelo cliente. “Isso sugere que, para os profissionais, as condicionantes do ambiente de mercado mais ofertado têm maior impacto no retorno comercial do que a similaridade das unidades colocadas à venda”, observa Araújo.

Melhorias – Em relação ao trabalho no plantão de vendas, 92% dos corretores disseram ter realizado escala nos últimos três meses, considerando o desempenho bom ou excelente, percentual de retorno semelhante ao apontado pelos incorporadores. Apesar da alta taxa de aprovação, ambas as categorias entendem que há espaço para melhorias, especialmente em relação ao conhecimento detalhado do produto que necessitam vender (85% das citações para os corretores e 77% para os incorporadores), assim como no aperfeiçoamento da capacidade de negociação (70% das indicações por ambos os profissionais).

Para os corretores, o terceiro item de melhoria seria a atenção e interesse pelo cliente (42% das citações), enquanto para os incorporadores prevalece a empatia e comunicação pessoal (50% das menções). “A qualificação e a conquista da confiança do cliente por meio do conhecimento mostram-se de suma importância para a melhoria do trabalho desempenhado pelo profissional de vendas”, pondera Selig.

BOX:

Perfil do corretor de imóveis
– 53% são homens;
– 59% são casados;
– 44% têm idade entre 30 e 49 anos;
– 15% são da Região Metropolitana de Curitiba.
– 32% têm renda média familiar entre R$ 4 mil e R$ 6 mil;
– 65% têm ensino superior;
– 44% atuam na área entre um e dois anos;
– 84% passaram por cursos de qualificação nos últimos 12 meses, a maioria ministrada pela própria imobiliária.

Perfil do incorporador imobiliário
– 61% são homens;
– 55% são casados;
– 56% têm idade entre 30 e 49 anos;
– 89% têm especialização;
– 56% atuam na área entre um e dois anos;
– 77% passaram por curso sobre o mercado imobiliário ou vendas nos últimos 12 meses, a maioria ministrada pelo próprio incorporador.