Inteligência artificial no mercado imobiliário
Inteligência artificial no mercado imobiliário
Os impactos e os benefícios da inteligência artificial no mercado imobiliário estiveram em debate na edição 17 do Ademi-Talks, em 31 de março último.
Três profissionais que sabem tudo sobre o assunto participaram da conversa: o sócio-fundador da Arqgen, Alexandre Kuroda; o co-fundador da Noah e da Terracotta Ventures, Adir Filho; e o fundador e CEO da Play2sell, Felipe dos Santos.
Por sinal, todos foram unânimes em avaliar que o mercado imobiliário não pode ficar à margem das inovações relativas à inteligência artificial.
“É importante explorar todas as opções possíveis para produzir com mais rapidez e eficiência”, afirmou Kuroda, ressaltando a aplicabilidade na arquitetura. “A arquitetura deve estar à frente de tudo isso, desenvolvendo projetos melhores”.
Em todas as etapas
Os especialistas observaram como a inteligência artificial pode se fazer presente em atividades que compõem todas as etapas e elos do mercado imobiliário.
Assim, além dos projetos arquitetônicos, a inteligência artificial é recurso também para o momento de lançamento e vendas dos empreendimentos. Por exemplo, é o serviço que oferece Play2sell.
Sobre isso, o CEO da empresa, Felipe do Santos, explicou que a plataforma a qual desenvolve atua na criação de games para capacitação e treinamento de corretores.
A partir do material do produto, com toda sua riqueza de detalhes sobre o empreendimento, a inteligência artificial cria um game, gerando um quiz com perguntas complexas e aprofundadas, segundo o especialista. Ele trabalha com game design para o mercado imobiliário há cinco anos e meia.
Inteligência artificial no mercado imobiliário: pequenas construtoras
Nessa perspectiva, ou seja, de que a inteligência artificial é instrumento para todas etapas e elas, como fica seu uso para a execução de obras?
Nesse sentido, Adir Filho disse entender que a inteligência artificial vai ajudar principalmente as pequenas construtoras. “Ela vai trazer recursos os quais, antes, só com dinheiro era possível se ter”, afirmou.
Ainda, ao possibilitar barateamento de projetos e otimização de cronogramas. Logo, ajuda e potencializa, por democratizar informações antes só acessíveis às grandes corporações, conforme detalhou o especialista.
Cautela no uso da inteligência artificial
Por outro lado, recomenda-se certa cautela com a inteligência artificial, diante do entusiasmo inicial que pode causar.
“O maior perigo da IA”, alertou Adir Filho, “é as pessoas acreditarem demais nela, e levarem a vida muito a sério em cima disso”. Isso porque, justificou, a inteligência artificial produz a partir de dados e informações disponíveis, atualizadas até certo ponto, sem levar consideração a dinâmica de mudanças e complexidades da vida vivida fora dela.
Com a condução do diretor da Academia Ademi-PR e CEO da Reis Real Estate, Ricardo Reis, o Ademi-Talks está disponível, na íntegra, no YouTube e no Spotify.