Imóveis em Curitiba: o maior licenciamento dos últimos 10 anos

Imóveis em Curitiba: o maior licenciamento dos últimos 10 anos

10 de agosto de 2021

O apetite de empresas e compradores por imóveis em Curitiba continua alto, mesmo um ano após a pandemia do coronavírus (Covid-19). Conforme a última pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PR), em parceria com a BRAIN Inteligência Estratégica, o 1º semestre de 2021 foi o melhor, desde 2011, em volume de imóveis licenciados pelas empresas.

Dessa forma, as construtoras e incorporadoras licenciaram 8.929 unidades nos seis primeiros meses desse ano, segundo os dados Prefeitura de Curitiba, compilados pela pesquisa da Ademi/BRAIN.

Ou seja, quase o dobro do volume realizado no mesmo período de 2020 (4.885 imóveis em Curitiba). “Isso quer dizer que veremos ainda mais lançamentos nos próximos seis meses”, comenta o presidente da Ademi-PR, Leonardo Pissetti.

Assim, de cada 100 imóveis em Curitiba licenciados, 66 ficaram nas mãos das construtoras e incorporadoras. Assim, esse é o melhor resultado desde 2011, quando 69% das novas construções estavam com as empresas.

“Os dados traduzem o dinamismo da construção civil e mostram a sua importância para a geração de empregos e renda. Também revelam a liderança do setor para o aquecimento de toda a cadeia produtiva, especialmente nesse momento de pandemia”, defende Pissetti.

Lançamentos de imóveis em Curitiba crescem 52,6%

Além disso, as empresas lançaram 3.097 apartamentos novos em Curitiba de janeiro a junho, ou seja, 52,6% a mais do que no mesmo período de 2020.

Acompanhando o movimento das outras capitais do país, os imóveis econômicos, enquadrados no programa Casa Verde e Amarela, tiveram a maior queda em lançamentos de imóveis em Curitiba. “Escassez dos terrenos, aumento de custos e redução do funding são os motivos que levaram à desaceleração desse segmento”, comenta Werner.

Por outro lado, os imóveis de luxo e superluxo (com preço acima de R$ 1.000.001,00) já correspondem a 10% de toda a oferta de apartamentos lançados na capital paranaense. “Tivemos um volume expressivo de vendas de imóveis nesses padrões e repusemos o estoque na mesma proporção, o que atesta o bom momento do segmento”, ressalta Pissetti.

As vendas de imóveis novos em Curitiba também continuam aquecidas, com crescimento de 62,5% no 1º semestre desse ano, em relação ao mesmo período de 2020. Ou seja, comercializaram-se 3.235 apartamentos novos na cidade, quase 540 por mês.

Entregas e estoque de imóveis novos em Curitiba

Já o volume de imóveis entregues em Curitiba permanece estável desde 2018, numa média de 8,5 mil unidades com alvarás concluídos por ano. Aliás, a capital paranaense chegou a emitir 15 mil alvarás de conclusão em um ano, quase o dobro do atual. Em junho de 2015, registrou-se esse pico de entregas na capital paranaense.

O estoque de imóveis novos em Curitiba também está sob controle. Aliás, a quantidade de unidades disponíveis para venda recuou 6,4% nos últimos 12 meses, tendo junho de 2021 como referência.

Porém, tão importante quanto esse indicador, é o fato de que apenas 13% desses imóveis são de prontos. “Isso quer dizer que, em sua maioria, as empresas vendem os imóveis de um edifício antes da entrega”, explica Werner.

A pesquisa da Ademi-PR com a BRAIN considera imóveis prontos aqueles que estão há mais de 37 meses no mercado, sem venda. Segundo o sócio consultor da BRAIN, o tempo médio de escoamento das unidades em estoque no Brasil é de nove meses.

Perspectivas para o mercado imobiliário em Curitiba

Para o presidente da Ademi-PR, os números confirmam o bom momento do mercado imobiliário, mesmo ante a crise de saúde mundial. Porém, os sucessivos aumentos da taxa da Selic pelo Copom – que deve chegar a 7% até o fim do ano, segundo especialistas-, os impactos da reforma tributária e a explosão dos custos de materiais são preocupações dos empresários.

“Apesar de os dados mostrarem que o mercado de imóveis em Curitiba está aquecido e equilibrado em termos de oferta e demanda, é quase certo que os novos lançamentos virão com preços maiores do que os praticados hoje. Isso, porque o setor ainda não repassou toda a inflação”, analisa Pissetti.

Além disso, o presidente da Ademi-PR faz um alerta importante para quem quer comprar um imóvel em Curitiba. “Para quem quer trocar de imóvel ou sair do aluguel, esse é o momento. Se esperar, certamente vai pagar mais caro ou terá que rever suas prioridades”, opina o presidente da Ademi-PR.

A pesquisa da Ademi-PR com a BRAIN também revela que o preço médio do metro quadrado para os apartamentos novos em Curitiba chegou a R$ 8.891,00 em junho desse ano, reajuste de 7% em 12 meses. Porém, o metro quadrado pode chegar a R$ 15 mil na capital paranaense, dependendo do padrão, bairro e número de quartos.

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