Imóveis de luxo: a ressignificação do mercado

Imóveis de luxo: a ressignificação do mercado

27 de agosto de 2021

O mercado de imóveis de luxo passa para um processo de ressignificação. o que ficou evidente na quinta edição do Ademi Talks, realizada no último dia 25 de agosto, e que abordou o case do Cidade Matarazzo, mega empreendimento imobiliário de luxo em São Paulo.

Participaram da conversa a gerente de projetos do Cidade Matarazzo, Paula Aoki, bem como o arquiteto e paisagista Benedito Abbud e o estatístico e CEO da Datastore, Marcus Araújo. Além do mais, o encontro foi mediado por Ricardo Reis, da Reis Real State.

Paula Aoki apresentou detalhes do Cidade Matarazzo, um complexo que reúne hotéis, escritórios e complexo cultural. Além disso, reúne estabelecimentos comerciais de moda, gastronomia, orgânicos e artesanato.

O empreendimento tem uma área de 30 mil metros quadrados, sendo três hectares de Mata Atlântica. Assim, inclui a preservação dessa flora e ainda das edificações históricas, tombadas, onde funcionaram o Hospital Matarazzo, a Maternidade Condessa Filomena Matarazzo e a Capela Santa Luzia. Aliás, essas três áreas estão sendo restauradas.

Os novos ‘valores’ do mercado de imóveis de luxo

Conforme o estatístico Marcus Araújo, o Cidade Matarazzo é a representação máxima dos novos valores atribuídos a imóveis de luxo.

“Do ponto de vista da demanda, o mercado se ressignificou nesta nova década. Ou seja, os valores são como os do Cidade Matarazzo: patrimônio, cultura, diversidade, natureza e alma. Esse é o novo significado do luxo, do alto padrão. Não é o produto pelo produto”, afirmou.

Tanto Paula Aoki, quanto Benedito Abbud destacaram que se tratam de características que transitam entre os valores tradicionais e os contemporâneos, priorizados pelas novas gerais. Sendo assim, no Cidade Matarazzo, isso está representado desde a localização do empreendimento – a 200 metros da Avenida Paulista.

Desse modo, faz-se a ligação entre o bairro Bela Vista, símbolo de movimentos de renovação urbana, e o tradicional Jardins – até a preocupação com história, cultura, meio ambiente e sociabilidade.

“É uma confluência entre os tradicionais e os millenials; para unir dois mundos, onde todos os bolsos se encontram. Dessa forma, haverá desde restaurantes de altíssimo luxo, até restaurantes mais abertos”, exemplificou o arquiteto.

Paula Aoki acrescentou: “Será um oásis, um novo parque na Avenida Paulista, uma extensão, por exemplo, do parque em que se torna a Paulista aos domingos [com o fechamento da via para uso exclusivo de pedestres. Jovens que, independentemente do poder aquisitivo, abrem mão do automóvel, para mobilidade sustentável”.

A sociabilidade do projeto

Além de preservação do patrimônio histórico e natural, e do complexo cultural para eventos diversos, o mega complexo foi concebido para se integrar com o entorno.

“Nano shoppings, instalados desde o início, próximo à Paulista, se constituirão em estandes, para artesãos. Além disso, na rua, haverá food trucks e, na sequência, feira orgânica, preservando e ampliando a feira que já existe”, citou a gerente do projeto.

De acordo com Paula Aoki, a obra do Cidade Matarazzo gera 25 mil empregos e envolve 70 empresas de diferentes atividades. Ou seja: em torno de 5 mil profissionais foram capacitados. Aliás, quando em pleno funcionamento, o complexo deverá empregar 4 mil pessoas.

Com obras iniciadas em 2019, o Cidade Matarazzo, conforme informações noticiadas pela imprensa, envolve investimentos da ordem de R$ 2 bilhões. Foi concebido em duas fases, sendo a primeira delas com previsão de entrega ainda em 2021.

Saiba mais acessando o site do projeto.

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