Entregas de imóveis novos devem duplicar em Curitiba

Entregas de imóveis novos devem duplicar em Curitiba

6 de fevereiro de 2012

Crescimento no volume de apartamentos entregues pelas construtoras e valorização dos imóveis novos. Estas são as perspectivas da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) para o segmento, em Curitiba, para este ano. A estimativa da entidade é que o número de unidades entregues duplique em 2012, em relação ao ano anterior, chegando a 7.354 apartamentos. O pico deve se dar em 2013, quando serão entregues quase 11 mil unidades na cidade.

Para o presidente da associação, Gustavo Selig, esta alta é um reflexo da grande quantidade de empreendimentos lançados em 2008. “Vale lembrar que próximo a 90% do montante total está vendido e que boa parte não estará disponível no mercado”, analisa. Os apartamentos econômicos, em condomínios clubes, com três dormitórios devem ser os mais entregues até 2013.

Selig acredita que isto não vai desestabilizar o setor, visto que muitas pessoas que adquiriram o imóvel na planta para investimento o fizeram com a finalidade de locação. Segundo o Perfil Imobiliário 2011, realizado pela entidade, apenas 17% dos entrevistados sobre a intenção de compra do imóvel nos próximos 24 meses afirmaram que vão o fazer para investimento. Destes, 82% disseram que vão destiná-lo para locação e apenas 18% para revenda. “Isto evidencia o perfil do poupador e não do especulador”, comenta Selig.

O presidente da Ademi/PR não acredita numa concorrência entre apartamentos novos e prontos para morar. “A flexibilidade de pagamento é maior para um imóvel na planta, em que a percentagem do valor do imóvel referente à poupança pode ser parcelada durante o período de construção”, justifica Selig.

Considerando este cenário, a tendência dos preços dos imóveis novos é de crescimento. De acordo com Selig, os lançamentos devem valorizar entre 12 e 15% ao ano. “Este aumento se deve não apenas à questão da valorização, mas também por conta do aumento dos custos de construção, especialmente mão de obra e terreno. Por isso, não há como baixar o preço do imóvel”, explica.

Selig afirma que construtoras e incorporadoras estão investido pesado na inteligência de mercado, atuando com mais força em nichos e apostando em projetos diferenciados. “A tendência é atender perfis de compradores cada vez mais específicos e oferecer ainda mais personalização na área de acabamento”, prevê.