Entrega da obra: como fazer a transição ao novo condomínio

Entrega da obra: como fazer a transição ao novo condomínio

6 de outubro de 2023

O momento da entrega da obra é decisivo para construtoras e incorporadoras, e para os ocupantes do empreendimento. Então, como fazer a transição para o novo condomínio? Essa pergunta norteou a edição 22 do Ademi Talks.

Participaram da conversa os especialistas Amauri Moleta, da Providência Síndicos; Maicon Guedes, da Informma Síndicos); e Odirley Rocha (Porter Group). O bate-papo teve condução de Ricardo Reis, CEO da Reis Real Estate e diretor da Academia Ademi-PR.

Em síntese, os debatedores procuraram apontar caminhos para se minimizar a ocorrência de problemas no condomínio.

Vantagens da transição profissional da entrega da obra ao condomínio

Nesse sentido, a transição deve ser profissional. Essa avaliação foi unânime entre os debatedores.

Ou seja, explicaram eles, o ideal é que a transição para o novo condomínio e a gestão condominial fiquem com profissional ou empresa especializados. Ou seja, requer conhecimento técnico e profissional.

“Por exemplo, a vistoria na entrega da obra, a análise da documentação, tudo isso exige pessoas com qualificação específica para fazer”, sublinha Amauri Moleta.

Dessa forma, evitam-se conflitos depois. “O síndico precisa entender a concepção original do projeto, e não fazer seu trabalho se baseando naquilo que é de sua expectativa pessoal”, acrescenta.

Compatibilização de informações

O especialista ressalta que a essa gestão condominial profissional cabe, inclusive, uma tarefa pedagógica, na mediação entre incorporação e moradores, na entrega da obra. “É um processo pedagógico, o de comparar o memorial descritivo com o que foi entregue”, afinal.

Isso porque, pontua Maicon Guedes, muitas vezes conflitos entre incorporação e condomínio ocorrem por falta de compreensão sobre o que de fato previa o projeto imobiliário. Entre a compra do imóvel na planta e a entrega da obra tem-se um tempo em que por vezes comportamentos, valores e necessidades mudam. Logo, demandas atuais podem não terem sido recorrentes à época da concepção do projeto.

Uso de ferramentas tecnológicas

Nesse aspecto, Odirley Rocha cita o desenvolvimento tecnológico. Sobre isso, a orientação do especialista volta-se principalmente a construtoras e incorporadoras. Em sua análise, a construtora e incorporadora que não dispor de uma diretoria ou núcleo de tecnologia precisa providenciar.

“O construtor e incorporador deve estar em conexão com o que surge de tecnologias, ter um profissional para indicar o que está chegando”, recomenda.

Inovações como controle de entrada por reconhecimento facial, e não mais por senha; controle remoto de portão de garagem em aplicativo, e não mais o analógico e físico são alguns exemplos.

Contudo, o acompanhamento de inovações não se restringe a se atualizar quanto à aparelhagem. Vai além: identificar comportamentos, culturas, mudanças sociais.

Nesse aspecto, ele menciona o aumento de compras pela internet a demandar infraestrutura física e tecnológica no prédio para armazenar o que chega. Ainda, a inclusão de mercadinhos em condomínios.

O Ademi Talks 22 está disponível na íntegra nos canais da Ademi-PR no YouTube e no Spotify.