Arquitetura e design valorizam empreendimentos imobiliários
Arquitetura e design valorizam empreendimentos imobiliários
“Valorização de empreendimentos imobiliários com arquitetura e design” foi o tema da mais recente edição do Ademi Talks. Dessa forma, o bate-papo foi com o fundador do Grupo Bueno Netto, Adalberto Bueno Netto, e com o fundador da Agência NewE, Maurício Eugênio.
Ambos têm experiência de décadas no mercado imobiliário. Assim, guardam na bagagem diversas histórias, que vivenciaram na prática, e que ilustram a relevância da arquitetura e do design para o produto imobiliário.
“Não dá para deixar a arquitetura e o design em segundo plano”, afirmou Eugênio. Além disso, Bueno Netto ressaltou: “a criação e a inovação estão entre as coisas mais importantes de um projeto imobiliário”.
Para todos os segmentos e padrões
Na avaliação de Maurício Eugênio, a valorização da arquitetura e do design deve estar presente em empreendimentos imobiliários de todos os segmentos e padrões.
Dessa forma, diz ele, “a arquitetura tem de ser o princípio, independentemente se é [empreendimento] de altíssimo padrão ou não”.
Eugênio citou empreendimentos do próprio Grupo Bueno Netto, voltados ao então Programa Minha Casa, Minha Vida, que não descuidavam da arquitetura e do design.
“O Adalberto [Bueno Netto] fez projetos para o Minha Casa, Minha Vida com projeto riquíssimo de arquitetura”, assinalou.
Ponto de partida
Em sua fala, Bueno Netto destacou que “a criação e a inovação” sempre foram “ponto de partida” para seus empreendimentos.
Assim, ele lembrou de um caso emblemático, vivenciado por sua empresa há 37 anos, cujo nó foi desatado por um projeto arquitetônico inovador.
“Compramos um terreno em Moema [cidade de São Paulo], que queríamos muito, de 5 mil metros quadrados. Entretanto, não vimos que havia ali um córrego, canalizado, cortando o terreno na transversal. Praticamente, isso o dividia em três”, narrou.
Solução inovadora em arquitetura e design
A solução veio inesperadamente, relembrou o empreendedor. “Um dia, no escritório, um amigo nosso trouxe um arquiteto, José Lucena, que estava vendendo cerveja na Bahia. Cinco dias depois ele voltou com um projeto, em formato de três moelas de frango. No início, não dei muita bola”.
Contudo, enviou a um integrante da equipe, que atestou: “está esplêndido”. Segundo Bueno Netto, como aquele arquiteto não tinha experiência com prédios, não repetia padrões, e então conseguiu uma solução inovadora para aquele problema. “Isso foi em 1985. Começou ali uma parceria de muito sucesso. Ele fez mais de 20 prédios para nós”.
O papel do empreendedor
Dessa forma, é que para Maurício Eugênio o empreendedor tem papel fundamental, na medida em que “é preciso saber encomendar uma boa arquitetura”. Para o empresário, há “profissionais de arquitetura maravilhosos no Brasil”.
“O empreendedor deve proporcionar situação para que o arquiteto possa criar, desenvolver, trazer inovações, soluções”, afirmou. Antigamente, pontuou, sequer era comum ver divulgado o nome do arquiteto responsável pelo projeto. “Hoje, é imprescindível que o arquiteto fale [ao público] como concebeu e desenvolveu a ideia”.
Oportunidades em arquitetura e design
Diante disso, é importante dar oportunidade a novos arquitetos, sem abrir mão também da experiência. A conciliação entre o tradicional e o “procurar inovar”, nas palavras de Bueno Netto, é uma boa receita.
“O produto imobiliário tem de ser constantemente inovado”, sublinhou. Com isso, ter “grandes arquitetos, com grande capacidade criativa” é fundamental, conforme frisou o fundador do Grupo Bueno Netto.
A íntegra dessa edição (número 11) do Ademi Talks pode ser conferida no link abaixo: