A nova geração de imóveis pós-pandemia

A nova geração de imóveis pós-pandemia

16 de agosto de 2021

Escrito por Ademi Admin

Administrador do site Ademi

Por Leonardo Pissetti*

A moradia voltou a ser o centro das atenções das famílias. As pessoas passaram mais tempo em casa por conta da restrição da circulação, em virtude coronavírus (Covid-19). Desse modo, começaram a refletir sobre seus imóveis.

Antes disso, muitos utilizavam o imóvel apenas para dormir, pois saíam cedo para trabalhar e só voltavam à noite.

Porém, hoje, as pessoas querem mais. Sendo assim, passaram a buscar um espaço que atenda as novas necessidades e estilo de vida. Consequentemente, isso mantém o mercado imobiliário aquecido.

Pesquisa da Ademi-PR revela que, só em Curitiba, as vendas de apartamentos novos cresceram 58% de janeiro a maio de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ou seja: as empresas comercializaram uma média de 505 apartamentos por mês.

O que mantém o setor de imóveis novos aquecido na pandemia?

Em primeiro lugar, termos a menor taxa de juros para financiamento imobiliário da história do país é um dos principais motivos para o aquecimento do mercado de imóveis novos. Mas, isso por si só, não justifica o apetite dos compradores.

Em segundo lugar, as empresas lançaram seus novos empreendimentos pensando nesse novo morar, atentas às mudanças de hábitos e estilo de vida das pessoas.

Assim, alinhou-se a demanda com a nova oferta. Isso, criou um cenário favorável para o mercado imobiliário, mesmo na pandemia.

Características da nova geração de imóveis pós-pandemia

Home-office

Esse novo jeito de morar revela que, seja em tempo integral ou em alguns dias na semana, a casa será compartilhada com o trabalho. Sendo assim, é preciso um espaço físico dedicado a atender essa nova função dos imóveis.

Os novos empreendimentos já consideram o home office em seus projetos Seja dentro do apartamento, utilizando o espaço de um quarto ou transformando a própria sacada em escritório. Seja na área comum do condomínio, com o advento do meeting room, ou seja, uma sala de reunião equipada que pode ser usada para videoconferência.

Tecnologia

Entretanto, só essa área dedicada não é suficiente. Além disso, é preciso tecnologia para que esses espaços realmente funcionem. Dessa forma, os projetos novos inauguram uma geração de imóveis inovadores.

Em outras palavras, as construtoras e incorporadoras investem pesado em infraestrutura para oferecer o máximo em conexão para o morador. Assim, planejam e constroem imóveis com cabeamento em todo o apartamento, infraestrutura para 5G, automação e biometria.

Conveniência

Além do mais, há uma demanda por segurança e conveniência dentro dos condomínios, em função do aumento do uso de aplicativos de transporte – como o Uber – e de alimentos – com o iFood.

Aliás, a demanda por segurança nos novos projetos é atendida por espaços como porte-cochère, ou seja, área de embarque e desembarque de passageiros. Além disso, os novos empreendimentos têm espaço refrigerado para delivery, até mesmo de alimentos perecíveis.

Integração com a natureza

Outra exigência é a integração com a natureza. Nesse sentido, surgem novos espaços dentro dos condomínios, como rooftop na área comum dos edifícios, áreas externas para contemplação e relaxamento e até espaço pet.

Sustentabilidade nos imóveis

A sustentabilidade também veio para ficar. Os novos imóveis tornam-se mais eficientes, reduzindo o desperdício e os custos do condomínio. Dessa forma, surge uma geração de edifícios autossuficientes, ou seja, que produzem 100% da energia que precisam para sua operação.

Em resumo: casa compartilhada com o trabalho, conectividade, conveniência, integração com a natureza e sustentabilidade. Essas são as tendências para o novo morar e as características que impulsionam uma nova geração de imóveis pós-pandemia.

 * Presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), sócio e diretor de incorporação da Swell Construções, referência em edifícios de alto padrão e luxo em Curitiba.